É um prazer enorme encontrar em meio a infinidade de bandas atuais, grupos que ainda mantêm a garra do metal oitentista e a fúria do thrash metal da velha escola em suas composições. Apesar de “Diante de um Holacausto” ser o seu primeiro full-lenght, o INFERNO NUCLEAR tem mais de 15 anos de estrada e já fez várias apresentações Brasil afora, algumas ao lado de grandes nomes do metal nacional e mundial, como: Violator, Onslaught, Hirax, Skull First e Master.
“Diante de um Holocausto” é o início de uma nova era para o Inferno Nuclear e, provavelmente, será um divisor de águas na carreira do grupo nortista. Este lançamento nos brinda com a essência do metal oitentista, é um prato cheio para qualquer headbanger amante do thrash metal da bay area. Riffs velozes e solos empolgantes, combinados com a pancadaria desenfreada da bateria e linhas de baixo evidentes criam o clima perfeito para os gritos de guerra de Wellington Freitas. E se isso não bastasse, todas as músicas são cantadas em português.
Os fãs de longa data podem reconhecer algumas músicas pelo nome, como a faixa de abertura “Evitamos a Vida, Provocamos a Morte” - lançada no Split de 2009 com o Disgrace And Terror -, mas garanto a vocês que a experiência é outra. E se você gostar do que viu nessa faixa, provavelmente vai ficar preso aqui até o fim do disco. "Anjos da Guerra" e "Soldados do Mal" também são essenciais e dão uma boa ideia da proposta do grupo paraense. As guitarras das primeiras músicas me lembram muito o Sodom, incrementadas com uma pequena dose de Slayer (época do 'Show no Mercy'). Talvez a comparação se aplique também ao instrumental no geral (ou eu devo estar maluco!?). O grande diferencial está nos vocais, às vezes quase cantados e nos gritos de fundo (couro).
"Alienação", "Vítimas" e "Anarquia" mantém a mesma pegada das anteriores. Eu já fico imaginando a quebradeira no mosh a cada uma das faixas desse disco, é realmente para bater cabeça do início ao fim. A música “Anarquia” conta com a participação de Jayme Katarro (Delinquentes) nos vocais. As letras abordam principalmente as desigualdades sociais, guerras nucleares, desastres ambientais e a eterna angústia do capitalismo. Mais do mesmo? Talvez, mas a proposta do thrash metal sempre foi essa, então sempre acaba funcionando muito bem.
As dificuldades podem ser muitas até uma banda finalmente conseguir o seu espaço no underground brasileiro. O Inferno Nuclear teve garra e paciência. Agora que estão com tudo engatilhado, espero que estes ‘soldados do mal’ continuem firmes clamando o metal, e tenho certeza que os verdadeiros thrashers os seguirão. Ou como a própria letra de "Soldados do Mal" diz: “Não interessa quantas guerras teremos que combater, a nossa missão na terra é destruir o FALSO METAL”.
“Diante de um Holocausto” será lançado oficialmente no dia 25 de Junho pelos selos Distro Rock Records, Metal Island Records, Bigorna Records e True Metal Records em formato CD e nas plataformas de streaming.
NOTA: 8,0
Lista de faixas:
01 Evitamos a Vida, Provocamos a Morte
02 Anjos da Guerra
03 Soldados do Mal
04 Alienação
05 Vítimas
06 Anarquia
07 Contra-Ataque
08 Unidos pelo Underground
Adquira "Diante de um Holocausto" em CD no site oficial da banda.
Formação atual:
Wellington Freitas - Vocal
Alexandre Durães - Guitarra
Lendl Oliveira - Baixo
Jorge Raposo - Bateria
Para saber mais sobre a banda acesse:
Website: http://infernonuclear.iluria.com/
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