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Cinco longos anos se passaram desde o lançamento do álbum de estréia, “To Beyond” (2015). Particularmente, eu esperava o segundo full-lenght, mas estamos no Brasil e sabemos que as coisas não são tão simples quanto parecem; ainda mais quando falamos de death metal. Então Marcos Moura (guitarra), Rafael Barros (guitarra), Marcelo Nekard (vocal, baixo) e Sandro Moreira (bateria) se reuniram para gravar quatro novas faixas para compor o EP “Chaos Matters” - lançado pelo selo dinamarquês Emanzipation Productions (mundialmente) e pela Cianeto Discos (no Brasil).
O Burn the Mankind fez uma obra que exemplifica muito bem que o importante é a qualidade e não a quantidade. Trata-se de um disco conceitual, onde cada uma das músicas descreve uma das fases da Alquimia Humana, sendo representadas pelos elementos químicos e suas cores, sendo o VERMELHO (que representa o mercúrio, na faixa ”The Red Rise”); AMARELO (que representa o enxofre, em “Sulfur”); BRANCO (representa a prata, em “Sudden Inversion”) e o PRETO (que representa o chumbo, em “Weigh Like Lead”). Tudo isso envolto por um death metal técnico, com muito peso e precisão, muito parecido com o que fora mostrado em “To Beyond”, porém com muito mais nitidez e maturidade, acrescido de uma pequena dose de melodia.
Esmagadora! É a palavra que define “The Red Rise”, logo que o disco começa. As guitarras são graves e com ótimos riffs, mas o que impressiona mesmo é a bateria, absurdamente poderosa, rápida e intensa. “Sulfur” mantém a pegada da anterior com pouco mais de 2 minutos de destruição sonora; e ainda conta com a participação de Flávio Soares (Leviaethan) nos vocais. Na sequência, a matadora “Sudden Inversion”, onde as guitarras criam uma atmosfera sombria, e em alguns momentos a música incorpora elementos do thrash metal - como mostrado no seu início e também no solo de guitarra. A banda desacelera um pouco em “Weigh Like Lead”; a música não chega a ser arrastada, mas também não segue a mesma velocidade das anteriores. Além disso, a adição dos vocais limpos de Éder Macedo (A Sorrowful Dream) deixam tudo mais interessante e o disco encerra da melhor forma possível.
A versão da Emanzipation Productions contém três faixas bônus ao vivo, gravadas no Metal Sul Festival, que aconteceu em Novembro de 2019 em Bento Gonçalves/RS, sendo elas “Lies”, “Sudden Inversion” e “Everyone is Blind”.
A produção é um capítulo à parte, todo o material foi trabalhado de forma a evidenciar a qualidade das composições. Mérito para Henrique Fioravanti, do From Hellcords Studio - onde o álbum foi gravado, mixado e masterizado. Fioravanti também fez uma breve participação nos teclados da faixa “The Red Rise”. A arte da capa foi feita por Raphael Gabrio (Insane Visions), que também já fez ilustrações para bandas como Behemoth, Nervochaos, Katatonia, e outros, tendo como influência a pintura "Chaos from Escalier des Sages" (1689) e a grande obra da alquimia "Opus Magnum".
O disco foi lançado mundialmente no dia 31 Julho de 2020 pela Emanzipation Productions e no dia 20 de Julho do mesmo ano teve sua versão nacional lançada pela Cianeto Discos.
NOTA: 8,5.
Faixas:
01 - The Red Rise
02 - Sulfur
03 - Sudden Inversion
04 - Weigh Like Lead
Ouça em:
Formação atual:
Marcos Moura (guitarra)
Rafael Barros (guitarra)
Marcelo Nekard (vocal, baixo)
Sandro Moreira (bateria)
Para adquirir uma cópia de "Chaos Matter", acesse o site da Cianeto em:
https://cianetodiscos.com.br/produtos/burn-the-mankind-chaos-matter-mcd/
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