RESENHA: Fornicus - Sulphuric Omnipotence (2020)

FORNICUS é uma banda de black/death metal formada em 2012 nas entranhas de Kentucky, Estados Unidos. A banda já havia lançado dois ótimos álbuns, o clássico debut "Storming Heaven" (2014) e o destruidor "Hymns of Dominion" (2016). Após alguns anos de silêncio, o grupo retornou em 2020 para apresentar seu terceiro full-lenght "Sulphuric Omnipotence".

Sei que não se deve julgar um disco pela capa, mas esse é um detalhe que eu, particularmente, gosto muito de reparar antes de qualquer coisa. No caso de "Sulphuric Omnipotence", o artista (Nether Temple Design) fez um trabalho majestoso, a arte contém traços sombrios e macabros que deixam a capa como se fosse um quadro antigo feito totalmente à mão. De cara, nos faz lembrar algo como Hate Eternal ou Incantation, mas apesar disso, a sonoridade da banda em questão não se assemelha aos nomes supracitados.

“Sulphuric Omnipotence” é imprevisível, embora o início do disco seja mais voltado ao black metal - soa como o Dark Funeral em alguns momentos, principalmente nos riffs de guitarras - o disco vai aos poucos tomando a forma de um blackened death metal poderoso e impiedoso. Há também momentos em que a velocidade é deixada de lado e uma atmosfera fúnebre (meio doom metal) aparece, dando mais dimensão à música da banda. Os vocais em sua maior parte são agudos, como no black metal tradicional, e nos fazem lembrar um pouco o antigo Emperor ou Beherit, os rosnados graves também são comuns e misturados a atmosfera criada pelas guitarras acabam soando como o Belphegor em algumas partes.

As duas primeiras faixas - “Perdition's Guiding Wings” e “Sulphuric Omnipotence” - são totalmente influenciadas pelo saudoso metal negro, com algums riffs até meio melódicos, mas verdadeiramente magníficos. “The Abhorrent Path” e “Vitriolic Proclamation” são brutais e malignas, com assaltos esmagadores de um blackened death metal violento. São nove faixas de uma viagem intensa e tenebrosa que transcende rótulos ou limitações impostas pelas vertentes do metal extremo (isso não é nem um pouco ruim). Outras trilhas que merecem uma atenção especial são: “One Mass Grave”, “Inexorable Pantheon of Death” e “Usurping the Throne”. Não que você tenha de pular alguma faixa, são apenas 42 minutos de audições e garanto que eles serão muito bem gastos.

Em resumo, eu diria que “Sulphuric Omnipotence” foi uma surpresa agradável para todos os que conheciam a Fornicus, principalmente porque achavam que a banda tinha acabado após os anos de silêncio. Lógico que alguns vão tentar compará-lo com o memorável “Storming Heaven”, pois foi um grande passo na carreira da banda, mas certamente o futuro promete algo especial para este grupo e “Sulphuric Omnipotence” é só o começo do que está por vir. Disco altamente recomendado. Ouça sem moderação!

“Sulphuric Omnipotence” foi lançado dia 15 de Junho de 2020 pela Negative Earth Records e ganhou uma versão nacional em CD pela Cianeto Discos em Edição Slipcase.

NOTA 8,0

Lista de faixas:

Adquira “Sulphuric Omnipotence” em CD no site da Cianeto, através do link abaixo:
https://cianetodiscos.com.br/produtos/fornicus-sulphuric-omnipotence-cd-slipcase/

Formação atual:
Scott Briggs - Vocal, Guitarra e Bateria
Chris Carver - Baixo

Discografia:
2014 Demo (Demo - 2014)
Storming Heaven (Full-length - 2014)
Feast for Rats (EP - 2015)
Hymns of Dominion (Full-length - 2016)
Sulphuric Omnipotence (Full-length - 2020)
Fornicus / Ofstingan (Split - 2021)

Para saber mais sobre a banda Fornicus, acesse:
Facebook: https://www.facebook.com/fornicus666
Instagram: https://www.instagram.com/fornicus666/

Contato: fornicus666@gmail.com

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