RESENHA: Héia - Magnum Opus (2021) - Metal Garage


A entidade Héia, surgiu em Goiânia-GO, por volta de 1999, e hoje, seus profanos artefatos são itens obrigatórios na coleção de qualquer admirador das artes negras e do verdadeiro black metal. Em “Magia Negra” (2007) e “Ritos Noturnos” (2014) a Héia gerou seus maléficos hinos com letras em português, porém, em “Magnum Opus”, a banda decidiu inovar fazendo seu primeiro álbum com letras em inglês. Mas não se engane, as raízes da horda continuam lá, firmes como nunca.

Foto por: @jessicalanafotografia / página oficial da banda no Facebook

A Héia não se trata apenas de um monte de "músicos" com Corpse Paint falando de satã e do ódio crescente pelo cristianismo, como comumente vemos. Héia é conhecimento, é aprendizado, uma verdadeira aula das artes ocultas. “Magnum Opus” só confirmou isso.

A evolução musical do grupo ficou clara, resultado de aprendizados e do conhecimento adquirido ao longo dos anos. Quem ouviu “Ritos Noturnos” (segundo full-lenght) percebeu que a banda se manteve no eixo, porém a qualidade musical aqui apresentada é notoriamente superior.

A música da banda consiste de um black metal recheado de melodias, as guitarras trêmulas de Místico Cultus (guitarrista, vocalista e fundador) são uma marca do grupo e mantém sua fórmula única em todas as músicas de "Magnum Opus", seus vocais rasgados  sempre foram um dos pontos fortes da horda, agora, mais nítidos e evidentes. A mudança no idioma foi algo que me surpreendeu, mas confesso que gostei do resultado. Vale salientar também a bateria explosiva de Flávio Mefisto, rápida, desenfreada, às vezes compassada (quando deve ser), os bumbos não param e assim se mantém em boa parte do disco.


Entre os destaques do disco temos a faixa título, claro, abrindo o álbum com seus 7:47 minutos de metal negro de alta qualidade e deixando claro para o ouvinte o que este deve esperar no decorrer desta obra. O baixo firme de Raphael Elfo (Satanás) ganha destaque nessa faixa. "The Dark Infinity" já havia sido disponibilizada como single em Outubro de 2020, e com certeza é uma faixa que se sobressai. É um material extremamente difícil de destacar suas melhores faixas, mas peço atenção especial para "The Serpent 's Flame", "The Womb and the Tomb" e "Solve Et Coagula". 

Sem medo, mergulhe fundo no conceito de “Magnum Opus”, abra sua mente para o conhecimento e liberte-se, é um trabalho impressionante, tanto na parte lírica quanto na música em si, um black metal maravilhosamente bem executado.

Se você leu essa resenha até aqui, tenha certeza de que esta é uma obra essencial em sua coleção. “Magnum Opus” foi lançado dia 25 de Janeiro e além de contar com a versão em CD, este artefato foi forjado em Vinyl Preto de 180g e também em Fita Cassette.

Faixas do disco:

01.     Magnum Opus (07:46)
02.     The Serpent's Flame (06:01)
03.     The Dark Infinity (04:27)
04.     The Womb and the Tomb (04:49)
05.     From The Limits of Darkness and Light (04:41)
06.     Horn Empress (05:41)
07.     Liber Qoph Vel Hecate (05:25)
08.     The Mother of Choleric Chaos (06:01)
09.     Solve Et Coagula (04:00)

Ouça online:
YouTube: https://www.youtube.com/user/hordaheia
Spotify: https://open.spotify.com/artist/0SthWuLWBsOZ2dY5Srjblq?si=qj4ZQB1GQrm3t7ZJK9fKYw

Para adquirir entre em contato com a banda:
Facebook: https://www.facebook.com/HeiaOfficial
Instagram: @heia_oficial
E-mail: heia666@hotmail.com

Fotos retiradas da página oficial da banda no Facebook.

 


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