RESENHA: Nominon - Diabolical Blodshed | Metal Garage

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O death metal sueco é um dos mais aclamados e respeitados do metal extremo. Entombed, Dismember, Unleashed, Hypocrisy, são só alguns dos grandes nomes que ajudaram a moldar a cena sueca do metal da morte. Mas além das bandas renomadas, há também muitas outras no underground do país que merecem atenção - às vezes penso que até mais do que algumas bandas “grandes”. Entre elas está o NOMINON, formado em Jönköping em meados de ‘93. 

O álbum de estreia da banda, “Diabolical Bloodshed” (lançado originalmente em 1999), é até hoje considerado um dos melhores álbuns da carreira do grupo. Em Maio de 2020, o disco foi finalmente lançado no Brasil (via Cianeto Discos) com duas faixas bônus. A versão é limitada em 300 cópias, portanto, recomendo aos fãs brasileiros que corram para adquirir a sua.

Agora, vamos falar um pouco da musicalidade do grupo. Então... Quem conhece o death metal sueco vai notar que o Nominon conhece a “fórmula secreta” do metal escandinavo, com um som totalmente influenciado pelo metal da velha escola: guitarras agudas; baixo pulsante e distorcido; e uma bateria agressiva. Há também muitas variações de ritmo, o que ajuda a manter a música interessante durante o decorrer do disco. Músicas como “Sodom’s Fall” e “Night of Damnation” logo de cara deixam qualquer fã do estilo com um radiante sorriso no rosto. Quanto aos vocais, embora estejam em um padrão aceitável, foi o ponto fraco em alguns momentos do disco. São agudos demais e ficaram um pouco baixos na mixagem, mas você aprende a gostar deles, não é nada grave. “Malicious Torment” e “Son of the Dragon”, por exemplo, são faixas que podemos perceber isso.

“Servants of the Moonlight” tem uma maravilhosa linha de contrabaixo, principalmente no início, decerto, uma faixa que se sobressai. Outras faixas dignas de atenção são "Cemetery of Life” (introduzida por uma sinfonia sombria de teclado) e “No Holy Ghost Shall Rise”, esta última nos lembra o velho Dissection somando melodia e velocidade. A dupla de guitarristas é impecável e se destacou muito bem no disco.

Nesta versão, além das clássicas 8 faixas do disco, a Cianeto adicionou mais duas músicas: “Servants of the Moonlight” (versão gravada em Janeiro de 2005) e “Genocide” (versão gravada em 2001) que foram inseridas como faixas bônus. As mesmas também fazem parte da versão digital, disponível no bandcamp da Cianeto.

Com exceção de “The Sufferer” (7:15) as faixas têm de 3 a 4 minutos de duração. É tudo muito direto, com uma composição inteligente e linhas cativantes. “Diabolical Bloodshed” foi uma estreia fabulosa deste grandioso grupo sueco. E se você é fã de alguma das bandas que eu citei no início da resenha, não vai se decepcionar com o Nominon.

Nota: 9,0.

Ouça na íntegra:

Formação atual:

Juha Sulasalmi - Guitarra
Kræn Meier - Guitarra
Perra Karlsson - Bateria
Henke Skoog - Vocal
Simon Wizén - Baixo

Para adquirir "Diabolical Bloodshed" em CD, acesso o site da Cianeto Discos através do link: https://cianetodiscos.com.br/produtos/nominon-diabolical-bloodshed-cd/.

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