Um dos nomes que se destacam na cena underground nacional death metal é o FORCEPS. Provenientes do Rio de Janeiro, o Forceps se destaca por apresentar temáticas que nos fazem refletir sobre a podridão humana; digo isso porquê o conteúdo lírico gira em torno da filosofia e "ciência corporal".
Tive a oportunidade de conhecer esses caras através do EP Humanicide (lançamento de 2012), que adquiri sem muitas pretensões; mas, depois de ouvir o disco, fiquei estupefato, pois no referente há uma aula de como se fazer death metal de qualidade: velocidade, técnica e muita, muita porrada!
Em 2017 o grupo lança o belíssimo Mastering Extinction, no qual a maturidade e maestria atingem um novo nível. A produção é impecável, com riffs pesados e linhas de baterias que não deixam o ouvinte respirar; o resultado é um death 'maldito' metal!
Em virtude desconhecida, a banda passou um longo tempo sem novos lançamentos; porém, para contentamento deste que vos escreve, há alguns dias os berros ficaram audíveis e o Forceps anunciou que, mesmo diante da pandemia que assola este século, e que diariamente ceifa novas vidas, continua queimando lenha e preparando novos lançamentos.
Dito isto, há mais ou menos três dias, por meio de sua página oficial no Facebook, a banda publicou detalhes sobre o que anda preparando... "É com muito orgulho que apresentamos a capa, título e tema do nosso novo trabalho single: 'Anthropoviral Amalgamation'; é um som que faz referência a atual situação pandêmica sofrida pela humanidade."
A belíssima arte de capa foi assinada pelo tatuador e artista gráfico EDU Nascimento, "a capa traduz perfeitamente a essência da música".
"A temática bio-pós-apocalíptica (um terror futurístico e tecnológico) sempre fez parte das letras do Forceps, desde suas origens em 2006. O que não imaginávamos, era que viveríamos ainda em nosso tempo de vida uma realidade tão próxima a que criamos na ficção", diz a publicação.
"Inspirados nessa espécie de premonição, compusemos a 'Anthropoviral Amalgamation', que relata um ataque muito similar ao que sofremos atualmente, porém no mundo futurístico do Forceps."
A gravação foi realizada no Tellus Estúdio com produção de Caio Mendonça (guitarrista do grande Lacerated And Carbonized).
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