RESENHA: 7 Peles - O Segundo Evangelho do 7 Peles (2020) | Metal Garage

O final da segunda década do século XXI foi um dos momentos mais insanos do milênio. O mundo todo se viu diante de grandes incertezas, profundo medo e várias desgraças. Mesmo diante de tais infortúnios que preenchem nosso século, o mundo metal continua a queimar lenha e produzir chamas infernais por todo o globo.

Um dos malignos produzidos em 2020, foi o segundo full-lenght da horda brasileira 7 Peles. E é sobre essa belíssima obra —que me passou despercebida— lançada no final da segunda década dos anos 2000, que irei escrever...


Antes de iniciarmos, vale as notas sobre a horda:
O 7 Peles surgiu em 2016, na cidade do Rio de Janeiro, seu som é black metal. Não há muita informação sobre os membros da banda, tudo o que temos é o som e o poderoso conteúdo lírico presente em cada lançamento. Um dos destaques nos lançamentos da horda, são as belíssimas capas que, de certa forma, ressaltam o conteúdo sonoro ali presente.

Segundo informações que constam em alguns zines, a horda teve seu line-up reformulado para o lançamento do segundo full-lenght.

Tendo lançado seu primeiro petardo diabólico em 2019 —antes disso só haviam lançados singles (2017)—, o feriado pagão, que fora usurpado pelo cristianismo [25, Natal], foi a data escolhida para a libertação do demônio contido em "O Segundo Evangelho do 7 Peles".

Capa do álbum "O Segundo Evangelho do 7 Peles"

Tendo sido lançado mais uma vez via Mutilation Productions, a produção continua em excelente nível.

Em "O Segundo Evangelho do 7 Peles", a horda apresenta sete faixas + a bônus cover "The House of the Rising Sun".
A introdução fica por conta de "Ménage de Lameque", a qual faz jus a belíssima capa que acompanha a opus. A faixa inicia com um riff que deixa a desejar, pra dar lugar há algo sonoramente tolerável; O segundo ato é "O Martelo Chama", aqui tudo funcionou muito bem. O destaque fica por conta dos riffs de guitarra e a bateria. A letra também é outro ponto forte; "Redenção" é o título da próxima faixa. Assim que a faixa iniciou, achei que poderia ter mudado de artista, porque aqui as coisas realmente mudaram. Logo pela introdução, é inegável a influência do heavy metal da velha escola; "Tempo dos Templos" apresenta um belíssimo show de riffs e solo, como também viradas na bateria, que a tornam ainda mais fascinante. A letra é forte e faz crítica a hipocrisia dos crentes, sobre a ganância e as inverdades; "Mestres da Lei e Fariseus" é uma pérola do black/heavy. O instrumental atinge o ápice do entrosamento e criatividade. O refrão é o destaque. É a faixa feita pro público cantar junto; "Apocalipse 1:7:1" começa forte, mas aqui o vocal não funcionou, assim como na introdução; "O Dilúvio" é realmente um dilúvio! A bateria na introdução prepara o palco para o ato final, o que fecha com chave de ouro.
Ainda temos "The House of the Rising Sun", uma pérola americana que o 7 Peles transformou em algo excelente. Bem, pra mim essa é a melhor versão que já foi feita pro clássico americano.


É inegável a mudança de direção que constatamos quando ouvimos o novo álbum e o comparamos com o lançamento anterior, "O primeiro Evangelho do 7 Peles". Tenho a impressão de que os caras se arriscaram muito, porém o resultado foi compensatório. Talvez o 7 Peles ainda esteja tentando encontrar sua sonoridade, mas se continuarem a trilhar este caminho, não teremos decepções.

"O Segundo Evangelho do 7 Peles" foi lançado em 25/12/2020, via Mutilation Productions.

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Lista de faixas:

 


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