HÉIA: Entrevista | Mistico Cultus fala sobre o novo álbum "Magnum Opus" | Metal Garage


Formada em 1999 na cidade de Goiânia/GO, a horda HÉIA vem trilhando por entre cinzas e caos, de batalhas travadas por antigos guerreiros que há séculos empunham a espada do anticristianismo.
 
A horda formada por Mistico Cultus (guitarra e vocal), Flávio "Mefisto" (bateria) e Raphael Elfo "Satanás" (baixo e backing vocal) lançou o seu 3º full-lenght, intitulado "Magnum Opus", no dia 25/01/2021 nos formatos de Fitas Cassette, CD e LP em uma parceria com diversos selos. Já no dia 15/02/2021, o trabalho ingressou em todas as principais plataformas de streaming em parceria com a Sangue Frio Produções & Records.

O álbum foi gravado, mixado e masterizado em Goiânia-GO no Fantom Studio por Giovani Maia e foi produzido por Místico.

Tivemos a honra de conversar com Mistico Cultus para saber mais sobre este lançamento. Confira os detalhes na entrevista abaixo:

Por: Jairo Silva

Metal Garage: Saudações, Místico. É uma honra recebê-lo. Bom, vamos começar falando do grandioso trabalho realizado em “Magnum Opus”. Acredito que foi algo diferente de tudo que a Héia já fez. Como você compara o novo disco em relação aos anteriores?
Mistico: Obrigado, primeiramente começo agradecendo a oportunidade Jairo e vida longa Metal Garage. Bom, Magnum Opus com certeza é mais um passo na evolução da horda, em técnica e ideológica, é nosso primeiro disco inteiramente cantado em inglês e o primeiro que trabalho conceitualmente.  Adorei ter feito dessa maneira.

Metal Garage: Como você disse, “Magnum Opus” trata-se de uma obra conceitual. É um trabalho que permeia o ocultismo de forma extraordinária. Gostaria de ouvi-lo falar sobre o conceito por trás do novo disco.
Mistico: Isso, o Conceito do disco veio através de uma imersão a grandiosa obra de Kenneth Grant e a corrente tifoniana desenvolvida por ele na década de 60. Ele que foi o ultimo aprendiz de Aleister Crowley  e teve ascesso a todas as obras publicadas e não publicadas de Aleister, e depois de uma viagem para a Índia, ele misturou os ritos de Crowley com o Tantra Indu, enfim ele evoluiu os ritos de Crowley de Magia Sexual… enfim, muita coisa…


Metal Garage: "Magnum Opus" foi lançado nos  mais variados formatos e em parcerias com diversos selos. Como está sendo a repercussão do disco até o momento? O resultado foi o esperado, dentro e fora do país?
Mistico: Muito bom, é o nosso primeiro full lançado em vinil LP, e é o formato que eu mais gosto. Além do mais, vinil tem uma saída muito boa, mesmo com as limitações da pandemia eu estou conseguindo vender para outros países e, enfim, está saindo muito bem. Mesmo que a proposta era para ter uma maior distribuição, mas estamos presos na limitação da pandemia.

Metal Garage: Agora, gostaria de saber mais a respeito da participação do baterista convidado, Higor Oliveira. Pode comentar sobre isso? Flávio também participou das gravações?
Mistico: Infelizmente, Flávio não pode participar das gravações. Quando eu estava idealizando o disco, eu conversei com a banda, e alguns estavam com ocupações do tipo: família e correrias de fins financeiros. Enfim, não dava para entrar em estúdio e fazer o disco, então decidi fazer sozinho, fui compondo as músicas, o Higor, que é um grande baterista, estava disponível, então - através de indicação - conversei com ele e deu tudo certo. Ficamos envolvidos durante 9 meses, entre ensaios, gravações e mix final. 


Metal Garage: Entendo. E pelo que percebi você gosta de se envolver ao máximo no processo de produção dos álbuns da horda. Em “Magnum Opus” você participou tanto da produção musical, quanto da arte da capa e design gráfico do disco. Perfeccionismo?
Mistico: Perfeccionismo!? Acredito que sim, todos os discos da Héia foi eu mesmo que fiz os trabalhos de capa e encarte, e não poderia ser diferente. Eu chamei o grande Emersom Maia, um dos maiores ilustradores do brasil, ele fez a ilustração principal e eu finalizei: encartes, contracapa, enfim. O restante, eu gosto de estar envolvido.    

Metal Garage: As gravações de “Magnum Opus” começaram no fim de 2019 - antes do caos desta doença começar - e só foram finalizadas em Outubro de 2020. De que forma o trabalho da banda foi afetado em razão da pandemia?
Mistico: Foi muito afetado, eu já tinha fechado distribuição desse disco em vários países, e não consigo concluir com fronteiras fechadas e envios limitados, está meio que travado, alguns países eu consigo enviar, tipo: Holanda, Roménia, polónia. Mas a maioria não, é frustrante. 
 

Metal Garage: Bom, enquanto não temos previsão para realização de shows, quais os planos da banda para este maldito e infame ano de 2021?
Mistico: Sem shows infelizmente fica mais limitado, estou tentando distribuição onde eu consigo, e assim, recebemos convite para fazer um 'four way split' com bandas do Peru, Paraguai e Bolívia, e estou trabalhando nesse lançamento e na distribuição de Magnum. Não dá pra falar muita coisa ainda.

Metal Garage: Místico, obrigado por ceder um pouco do seu tempo ao Metal Garage. Utilize este espaço para suas considerações finais.
Mistico: Eu que agradeço Jairo, muito obrigado por tudo, Saudemos a Legião Negra, e as Mães Primordiais. Os espíritos dos caídos estão entre nós, e vamos nos manter vigilantes sempre. Obrigado a todos que apoiam a horda de forma direta e indireta.
Hailll Lucifer !!!!!

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Héia é formada por:

Mistico Cultus - Guitarra, Vocal
Flavio Mefisto - Bateria
Raphael Satanás - Baixo, Backing Vocal

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