RESENHA: Carrasco - Armageddon | Metal Garage

Em meio a bagunça do armário, peguei uma caixa que continha alguns discos. Entre os títulos estrangeiros, encontrei este que de longe é matador —ou ceifador...
Então, pra dá continuidade a série de resenhas a respeito de lançamentos que nasceram antes da Metal Garage, a escolhida da vez foi a banda Carrasco.

Formada em 2004 na cidade de Recife, Pernambuco, região nordeste do Brasil, o trio se difere das bandas atuais por apresentar um som e visual bastante old school. Com mais de 17 anos de underground (somando os três anos de hiato), quatro demos, duas compilações e um full-lenght, o grupo já se prepara para o lançamento do seu segundo registro, intitulado "Tormento Eterno", previsto para ser lançado ainda em 2021, via Cianeto Discos.

Executando um thrash/speed/black metal maldito, a sonoridade do grupo lembra muito os grandes lançamentos do metal mundial. Talvez eu esteja enganado, mas "Armageddon" (lançado em 2011) lembra muito os primeiros do Slayer, Sepultura e Venom. O som é tosco, ríspido e pesado. Um prato cheio para os fãs do metal extremo oitentista.

Esse disco só tem uma coisa ruim (para mim), é cantado inteiramente em Espanhol. Se tratando da parte visual, a capa por si só é maravilhosa. No primeiro lançamento do disco, via La Medula Espinhal, o logo era apresentado na cor vermelha, o que dava bastante destaque para o nome da banda e para o título do álbum. No lançamento nacional, após o grupo assinar com a sulista Cianeto Discos, Alcides Burn refez a arte e o layout do disco, que agora é apresentado na coloração roxa e com um novo desenho; o que oferece uma certa singularidade pro debut, ou seja: digno de se colecionar.

Com oito faixas + um instrumental, o resultado são 35 minutos de duração de um thrash/death/black metal carregado de blasfêmia, profanação e rudeza. O disco abre com a faixa título "Armageddon", o que vem logo a mente é o Mystifier. Passada a introdução, riffs velozes e bateria blast beats nos saúdam. O vocal é ala Morbid Visions... (sem dúvidas a minha preferida); "Exorcismo Negro" é outra desgraça que deve levar o público ao mosh, quando executada ao vivo; "Tormenta" é a terceira faixa, pesada e rápida, ideal pra bangear; "Salvaje Agresion" lembra muito Onkel Tom Angelripper, o que a torna inesquecível; "Cerbero" é a sétima faixa, e é a que tem a introdução mais foda do álbum todo!

Pela discografia pequena, o Carrasco ainda é uma banda "nova", porém na sonoridade não há nada de novo. O som tosco e ríspido, chama a atenção pela maneira como tudo é arranjado e conduzido. Senti falta dos solos, o que no disco são escassos; também faltou as linhas do Baixo serem mais nítidas, o chiado ocultou algumas coisas aqui e ali. Tirando isso, aqui temos uma autêntica banda underground, capaz de levar as casas de show abaixo, quando estão no palco. No mais, só nos resta aguardar pelo segundo full-lenght do grupo, o que espero me surpreender positivamente, assim como ocorreu com "Armageddon".


Nota: 8,0

"Armageddon" foi lançado oficialmente em 2011 pela La Medula Espinhal, mas ganhou lançamento exclusivo para o Brasil em 2020, via Cianeto Discos - limitado a 300 cópias, com 3 faixas bônus.

Lista de faixas:


Contato:
carrascoband@gmail.com

Line-up:
Torturador     (baixo)
Terror Holocausto (bateria)
Opressor Atômico (guitarra/vocal)

Aquira "Armageddon" em CD no site da Cianeto Discos através do link:
https://cianetodiscos.com.br/produtos/carrasco-armageddon-cd/

Para saber mais sobre a banda CARRASCO, acesse:
Facebook: https://www.facebook.com/carrasco666/
Bandcamp: https://carrasco666.bandcamp.com/

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