RESENHA: Carnal Savagery - Fiendish (2021) | Metal Garage

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Nascida das cinzas de Cromlech —mas longe de ser um epitáfio ambulante da mesma—, Carnal Savagery tem suas raízes na consagrada cena death metal sueca.
Iniciando suas atividades em 2017, o longo tempo dos membros que viveram no underground, fazendo excursões com grandes nomes da cena local e lançando algumas demos (com isso se tornando cult), resultaram em um admirável aprendizado de como se deve executar death metal de forma autêntica e verdadeira.
Fazendo um bom trabalho representando a cena do início a meados dos anos 90, a banda não vive nas velhas chamas de antigamente, tampouco se adequa aos tempos modernos —de forma direta. Porém, tem tudo que o clássico swe-death precisa para ser reconhecido: barbaridade, brutalidade e peso.

Sendo seu segundo full-lenght, "Fiendish" mostra uma banda comprometida e decidida com o som que pretende fazer. Iniciando com "Shredded Flesh", rápida, pungente e visceral —algo que lembra os três primeiros do Bloodbath. O vocal surpreende, riffs cheios e uma bateria incessante. Qualquer fã de death metal sueco da velha escola não vai se decepcionar logo na faixa de abertura; "Reborn Dead" é a segunda. Meus caros, é isso que é DEATH METAL!

O metal sueco é conhecido no mundo todo. E, com diversos novos grupos surgindo casualmente, apresentando um som na mesma linha das primeiras bandas, mas que conseguem se diferenciar e executar um som autêntico, continua muito bem representado.

Em "Embalmed Corpse" os caras tiram o pé do acelerador por um tempo... pra depois nos apresentar belíssimos arranjos, técnicas e muito profissionalismo. Ora arrastado, ora rápido... Porém sempre pesado. O ruim da terceira faixa é o solo, curto demais.

Os destaques ainda não acabaram; ao sul do paraíso, o zumbi continua a vaga pelo cemitério, os olhos da Gárgula, do alto do mausoléu, continuam fixos na putrefação que caminha, aparentemente, desorientado...

"In Death I Thrive" é outra quase zero defeitos. A bateria que antes não tinha demonstrado toda sua sagacidade, aqui completa parte de sua cota com competência sem medidas. O baixo, com suas linhas estrondosas, dá a pincelada que faltava para completar a obra; "Death Rotten Meat" é arrastada e pesada. Temos viradas de bateria e riffs marcantes, com solos ocasionais aqui e ali; "Maggot Infested Flesh" talvez seja a mais rápida e gore. Em alguns momentos, lembra Cannibal Corpse; "Exhumed" é outra que segue arrastada e cheia de viradas de bateria, lembra um pouco Obituary; "Veil of Death" é tão foda quanto o próprio nome sugere! Aqui há os riffs mais brilhantes e malditos que poderiam ser extraídos das guitarras. As linhas de baixo e bateria preenchem o instrumental, com isso dando mais destaque para o vocalista.

Além das citadas, ainda temos "Gluttony", "Grotesque Macabre", que é o título do primeiro full-lenght da banda, outra pérola maldita!; E, pra coroar e fechar, temos "Morgue of the Mutilated", como bônus na versão digital.

Carnal Savagery apresenta todas suas raízes, porém longe de seguir tendências ou se adequar ao momento decorrente, executa death metal de alta qualidade e eficiência. Rápido, bruto e pesado! Um verdadeiro prato cheio pra qualquer headbanger fã de Bloodbath, Dismember e Cannibal Corpse.


Nota: 8,5

Line-up:
Mikael Lindgren (bateria)
Patrik Eriksson    (guitarra)
Mattias Lilja (vocal)
Mattias Björklund (guitarra)
Christopher Hjelte (baixo)

Contato:
carnalsavagery666@gmail.com

Lista de faixas:



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